sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Banco de Jardim...

Folhas secas...

Adoro folha secas delicadamente perfumadas.
Lembram que a vida não acaba.
São uma ode á frágil condição da vida.
Pedaços desfeitos mas inteiros que sobraram da Terra, num tempo distante e que nos vêm lembrar que nada é o que foi e que tudo se torna outro , numa perfeita receita alquímica.
Ainda há pouco havia cor-de rosa nos teus olhos .
Não minto que os teus olhos não têm cor ...
 pois que se tivessem morrias de ti próprio aí
no mundo dos Sonhos...
Pé de laranja-lima , menina do mar, heroi de fama e nomes consagrados .
Eu sou aquela que está ENTRE.
A que nem existe , nem sente.
Memória holográfica dum eu transmutado
Passagem secreta para um outro lado.
Brinco ás palavras , dizes tu e mandas o teu pião...
Devoras a minha solidão...
E recolhes e acolhes
e aconhegas me no teu abraço,
deixo me cair neste tudo -nada que sou
neste pétala que te dou...
Adoro folhas secas
Delicadamente perfumadas...


Catarina B.

domingo, 5 de dezembro de 2010